No Hospital Cidade do Sol (HSol), em Ceilândia, uma tarde por mês é reservada para música, histórias, encontros e emoções. A Tardezinha do HSol é uma iniciativa da equipe multiprofissional da unidade de saúde com o propósito de transformar o ambiente hospitalar e proporcionar aos pacientes momentos de lazer e bem-estar.
O evento é realizado na área comum da unidade e mobiliza profissionais de diversas áreas, estudantes de instituições de ensino e, principalmente, os próprios pacientes, que se tornam protagonistas dessa experiência afetiva.
“Esse momento é importante porque transforma o hospital em um espaço de vida, e não só de tratamento”
Flávio Amorim, gerente do HSol
“Esse momento é importante porque transforma o hospital em um espaço de vida, e não só de tratamento. O ambiente se torna mais leve, mais acolhedor. A cada edição, vemos sorrisos, lágrimas de emoção e escutamos relatos que nos lembram por que escolhemos trabalhar com saúde”, afirma o gerente do HSol, Flávio Amorim.
A mais recente edição da Tardezinha, nesta sexta-feira (11) contou com a participação de estudantes do Centro Universitário UDF. Uma das convidadas foi a aluna de fonoaudiologia, Angélica Lhyra Poleto Rodrigues, que encantou pacientes com canções afetivas e cheias de memórias.

A gerente multidisciplinar do hospital, Camila Frois, conta como surgiu a parceria. “Encontrei um vídeo da Angélica cantando nas redes sociais da universidade, achei muito lindo e logo tratei de entrar em contato para convidá-la a participar do nosso projeto. Pensamos com carinho nas três músicas que seriam apresentadas aos pacientes, buscando canções que remetessem à infância e à convivência com os avós, para incentivar que todos cantassem juntos. Mais do que a música, o objetivo principal foi escutá-los — ouvir suas histórias, suas experiências, suas vozes. Foi uma troca afetiva e muito rica para todos nós.”
Angélica explica que a ação também fará parte de um trabalho acadêmico. “Toda essa ação será documentada no projeto A alegria de ouvir a voz da terceira idade, para uma disciplina da universidade. Nosso objetivo é esse: somar à comunidade, fazer a diferença e deixar nossa marca nos corações, para além da sala de aula.”
Para Regiane da Silva, da equipe de Humanização do HSol, o impacto da ação vai além do momento vivido. “É uma alegria que mexe com o coração de todo mundo.”
“A gente sai de quatro paredes brancas para o verde da natureza, ouvir histórias, cantar”
Adilene Cerqueira, paciente
Entre os pacientes que participaram da atividade, o sentimento foi de gratidão e encantamento. Internada desde o dia 9 de abril após um AVC, Adilene Vieira Cerqueira se emocionou. “Foi maravilhoso. A gente sai de quatro paredes brancas para o verde da natureza, ouvir histórias, cantar. Isso nos dá força e fé. Temos que aproveitar, perdoar, ser transparentes. Foi um momento de união, de falar de Deus e das pessoas.”
Aldenora Bezerra Dantas, acompanhante do paciente Francisco Arlindo Dantas — internado desde 14 de março com pressão alta e pré-diabetes — também se emocionou com a experiência. “Isso aqui é uma terapia. Para nós que estamos acompanhando e para eles que estão internados, é um momento de amor. Nota dez pra tudo. Pena que é só uma vez por mês, podia ser mais. Aqui a gente sente cuidado, carinho.”
“O compromisso com a qualidade vai além dos resultados clínicos: está presente na experiência dos nossos pacientes, no cuidado centrado nas pessoas e na busca constante por avanços que gerem impacto real na vida da população”, afirma o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.
*Com informações do IgesDF
Fonte: Agência Brasília