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GDF amplia acolhimento e já registra 4,6 mil atendimentos a pessoas em situação de rua

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Com a chegada das noites frias no Distrito Federal, o dia a dia de quem vive nas ruas se torna ainda mais difícil. Pensando em oferecer cuidado, proteção e acolhimento, o Governo do Distrito Federal ampliou as ações voltadas à população em situação de vulnerabilidade. Desde maio, o abrigo provisório instalado no ginásio do Centro Integrado de Educação Física (CIEF), na 907 Sul, já realizou mais de 4,6 mil atendimentos e acolheu 176 animais de estimação, um número que mostra a importância da iniciativa, que reconhece também os laços afetivos de quem enfrenta a rotina nas ruas.

O espaço funciona todas as noites, das 19h30 às 6h, com capacidade para até 110 pessoas. Lá, os acolhidos recebem jantar, café da manhã, colchões, banho quente, cobertores, kits de higiene e roupas de frio arrecadadas na Campanha do Agasalho Solidário — uma mobilização liderada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais e idealizada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha. Para mulheres e crianças, tendas específicas da Defesa Civil garantem mais segurança e privacidade. Os portões são fechados às 22h ou antes, em caso de lotação máxima.

A iniciativa integra um esforço conjunto de diversas áreas do governo, articuladas pela Casa Civil. Para o secretário-chefe da pasta, Gustavo Rocha, o objetivo não é apenas oferecer um teto durante o frio, mas também construir caminhos de reinserção. “Estamos trabalhando para garantir que as ações de acolhimento sejam coordenadas, efetivas e respeitosas. É uma resposta que precisa mirar a dignidade, o cuidado e a cidadania”, afirma.

Ceilândia, uma das regiões mais populosas e desiguais do DF, também passou a receber ações do programa, ampliando a cobertura territorial da iniciativa. Segundo Rocha, levar esse tipo de acolhimento a regiões periféricas é essencial para enfrentar uma realidade complexa com soluções humanas e permanentes.

Além do abrigo emergencial, o GDF está prestes a inaugurar o primeiro hotel social permanente do Distrito Federal. Localizado na área central de Brasília, o espaço contará com 200 vagas para pernoite e será o único em funcionamento no país a receber também pessoas acompanhadas de seus pets — um diferencial importante, já que muitas pessoas deixam de procurar acolhimento por medo de serem separadas dos animais.

O reforço nas políticas de acolhimento acontece em paralelo à 6ª edição da Campanha do Agasalho Solidário. A ação foi intensificada após Brasília registrar, no último sábado (5), a menor temperatura do ano: 8,4 ºC. Para esta semana, a previsão é de mínimas próximas a 9 ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A campanha busca arrecadar peças em bom estado, como casacos, mantas, toucas, meias e calçados, para todas as idades. Os donativos devem ser entregues até 17 de julho, de preferência em sacos plásticos transparentes identificados com tipo, tamanho e público-alvo das peças.

“A intenção é garantir o mínimo de dignidade: uma noite quente, alimentação adequada e acesso à rede de proteção social do GDF”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Os pontos de coleta estão espalhados por todo o DF, incluindo o Palácio do Buriti, secretarias, administrações regionais e outros órgãos públicos. Mais informações podem ser obtidas pelas redes sociais da Chefia-Executiva de Políticas Sociais ou pelo WhatsApp (61) 99195-4079.

Enquanto as temperaturas seguem baixas, o GDF mantém o foco em cuidar de quem mais precisa, com ações que vão além da emergência e apontam para a reconstrução de trajetórias com mais dignidade e pertencimento.

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