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InfoGripe: casos de SRAG entre crianças no Nordeste e Amazonas aumenta

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O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que o número de casos de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) tem aumentado entre crianças na região Nordeste e no Amazonas. Os estados nordestinos que apresentaram alta foram Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba. O crescimento ocorre nas crianças e adolescentes de até 14 anos, causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, na população infantil de até 2 anos, e pelo rinovírus na faixa etária de 2 a 14 anos.

A análise é referente ao período de 3 a 9 de agosto e o documento informa que na Bahia e na Paraíba o crescimento está associado ao rinovírus. Já um leve aumento de SRAG foi observado nas crianças de até 2 anos no Amazonas, Bahia e Paraíba relacionados ao VSR e rinovírus. Na Paraíba também há um sinal de aumento dos casos de SRAG entre os idosos, associado à Covid-19.

Conforme o Boletim da FioCruz, sete das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, considerando as últimas duas semanas. Confira as capitais:

  • Cuiabá (MT);
  • João Pessoa (PB);
  • Maceió (AL);
  • Manaus (AM);
  • Natal (RN);
  • Salvador (BA);
  • São Luís (MA).

Diante do contexto de aumento de notificações por SRAG, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, destaca medidas que podem contribuir para a redução dos casos e proteção coletiva contra vírus respiratórios.

“O uso de máscaras dentro dos postos de saúde, em locais fechados e com maior aglomeração de pessoas. Em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esses vírus para outras pessoas, mas se não for possível fazer esse isolamento, a gente pede para que a pessoa saia de casa usando uma boa máscara. E também é importante sempre manter uma etiqueta respiratória, como cobrir o nariz e a boca com braço ou lenço de papel, ao tossir ou espirrar, e também evitar compartilhar alguns utensílios de uso pessoal”, menciona.

Em relação à Covid-19 no país, a notificação dos casos de SRAG pelo vírus segue em baixa. No entanto, Ceará, Paraíba e Rio de Janeiro são estados que vêm mostrando sinais de alta nos registros de casos graves pelo vírus nas últimas semanas.

Portella reforça a importância da vacinação para a população, especialmente a vacina contra a Covid-19, “principal forma de proteção contra os casos graves e óbitos da doença”, diz.

Cenário epidemiológico no país 

O boletim mostra que 15 unidades da Federação também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. No entanto, as UFs mencionadas não demonstram sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Sendo: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Em 2025, já foram notificados 155.412 casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 25,3% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 42,2% foram de vírus sincicial respiratório, 37% de rinovírus e 7,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19).  

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