O futebol americano feminino de Brasília está prestes a fazer história. Único time da categoria a representar o Distrito Federal e o Centro-Oeste na modalidade, o Brasília Pilots se prepara para integrar a Seleção Brasileira no Campeonato Intercontinental de Medellín, na Colômbia. Será a primeira vez do Brasil no torneio, que ocorre entre os dias 11 e 17 de fevereiro.
Ao todo, dez atletas e quatro membros da comissão técnica do Brasília Pilots irão para o campeonato com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), que auxilia o time por meio do programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF). A iniciativa governamental arca com os custos de transporte de atletas de alto rendimento.
Uma das estreantes na Seleção Brasileira é Luísa Miranda, que atua na defesa do Brasília Pilots. Convocada para o torneio intercontinental em dezembro passado, ela terá a chance de representar o Brasil, um sonho que até pouco tempo parecia distante.
“Foi uma grande surpresa ser convocada. Era uma coisa que eu desejava muito, mas quando veio a notícia, eu fiquei sem acreditar. Passei por duas gestações ao longo dos últimos anos e isso, querendo ou não, teve um impacto na minha vida como atleta, até porque o meu corpo não é mais o mesmo. Mas eu batalhei bastante e tenho muita sorte de ter conquistado essa vitória”, relata.
Além de Luísa, outra grande estrela do Brasília Pilots foi convocada para a Seleção Brasileira. Com uma trajetória marcante como wide receiver no futebol americano, Stefany Sales vai representar o Brasil em um grande campeonato pela segunda vez. Atleta e diretora esportiva do Brasília Pilots, ela ressalta a importância do suporte do GDF por meio do Compete Brasília.
“Como a seleção ainda não conta com patrocínio que possa cobrir os custos, o apoio do GDF foi essencial. Conseguimos 14 passagens aéreas para a Colômbia, tanto para as atletas quanto para os membros da comissão técnica. Esse é um gasto inimaginável para nós, que não recebemos pelo esporte. Poder representar o Brasil sem essa preocupação financeira foi um alívio. Somos muito gratas por esse suporte e esperamos que essa parceria continue por muito mais tempo”, enfatiza.
O suporte do GDF é fundamental para as atletas e também para a comissão técnica, como destaca Raphael Chiarotti, técnico da Seleção Brasileira de futebol americano feminino e também do Brasília Pilots.
“Sem o Compete Brasília, muita coisa não seria possível. As viagens não são baratas e viajar com um time inteiro tem um custo muito alto. Sem o auxílio do GDF, seria impossível. É graças a esse programa que conseguimos funcionar e ter esse suporte para os jogos fora de casa”, afirma.
No Campeonato Intercontinental de Medellín, a Seleção Brasileira vai enfrentar as delegações de Honduras, Colômbia, Estados Unidos e Canadá. Informações sobre as partidas podem ser encontradas nas redes sociais da Confederação Brasileira de Futebol Americano.
Fonte: Agência Brasília